SĂO PAULO (Reuters) - Foi excelente. Graças aos belos tentos de Ronaldinho Fenômeno e de Kaká, o Brasil sobrepujou a Colômbia, em Barranquilla, 2 X 1, e abriu com um sucesso promissor a sua campanha nas eliminatórias da Copa de 2006. O único dos dez países do torneio, aliás, a vencer um jogo como visitante.

Foi excelente, principalmente quando se evoca a dramática e sufocante batalha por uma vaga na Copa de 2002. Entăo, em dezoito partidas, o Brasil perdeu seis, mais que no total das suas oito eliminatórias anteriores. Algumas das derrotas, aliás, grotescas, diante de Chile, Bolívia, Equador, Paraguai. Um percurso no qual o Brasil ostentou 77 atletas e quatro treinadores -- Vanderlei Luxemburgo, Émerson Leăo, Cândido Souto Maior e Felipăo Scolari.

Foi excelente -- mas poderia ter sido impecável. O Brasil desperdiçou, ao menos, quatro chances preciosas de ampliar o marcador. A Colômbia só realizou o seu tento numa bobeada típica do distraído zagueiro Lúcio.

De todo modo, um sucesso promissor.

Agora, nas estatísticas oficiais, em vinte cotejos contra a Colômbia, o Brasil tem catorze vitórias, quatro empates e duas derrotas. Registrou 51 tentos e concedeu apenas dez. Na próxima quarta, em Manaus, vai enfrentar o Equador, que bateu a precária Venezuela, em casa, por magérrimos 2 X 0.

Também nas estatísticas oficiais, parece brutal o favoritismo do Brasil. Em 21 prélios diante do Equador, tem dezoito vitórias, dois empates e só um fracasso, 74 tentos a favor, dezessete recebidos. Carlos Alberto Parreira já anunciou que, em Manaus, colocará em açăo mais um pentacampeăo -- o meia Ronaldinho Gaúcho, que estava suspenso, na posiçăo de Alex.

Importante: Alex se exibiu competentemente em Barranquilla. Parreira deveria se preocupar mais em acertar o miolo da sua retaguarda. Apesar da fraqueza da Colômbia, Lúcio e Roque Júnior continuam os reis do susto.

Por Sílvio Lancellotti,
especial para a Reuters