Ronaldinho vai virar um boneco. A
réplica do jogador em duas versões, uma com a camisa da Seleção Brasileira e
outra com a do Real Madrid, será lançada em meados de abril de 2004. É o
primeiro produto de nove itens que a Estrela colocará no mercado no ano que vem.
Fruto do contrato de três anos assinado na semana passada entre a empresa e
Ronaldinho.
Os valores do acordo continuam em
sigilo. "O que posso adiantar é que o Ronaldo vai ceder os royalties das vendas
do boneco às instituições sociais que cuidam de crianças carentes no Brasil",
revela ao JT Aires José Leal Fernandes, diretor de Marketing da Estrela.
Aires conta também que a marca da
empresa é investir em grandes personalidades brasileiras do esporte. "Nos anos
60 e 70, investimos no Pelé; na década de 80, foi o Zico; nos anos 90, o Romário;
e agora o Ronaldinho."
O projeto em cima do 'Fenômeno' é
mais ambicioso. A empresa pretende explorar o mercado brasileiro, europeu e
asiático, praças que Ronaldinho tem livre trânsito e enorme potencial.
Uma das exigências do jogador,
ressalta o diretor de Marketing da Estrela, é acompanhar o desenvolvimento dos
produtos. "Ele quer examinar tudo, desde a qualidade até a embalagem dos
brinquedos."
Dos nove produtos, Ronaldinho
espera cuidar mais de perto do boneco que será a sua réplica.
"Ele aposta que esse boneco será
colecionado por todos os seus fãs no mundo inteiro, não apenas pelas crianças."
'Fenômeno' bate Beckham
A linha infantil é um dos trunfos
de Ronaldinho para internacionalizar ainda mais a sua grife. Os produtos R9, da
Nike, estão espalhados nos principais mercados, em especial na Ásia. Com a TIM,
Carrefour e AmBev, invade a Europa, América Latina e Brasil.
Apenas Beckham, no mundo do futebol,
chega perto de Ronaldinho. A imagem do inglês é usada pela Adidas, Pepsi, Mark
Spencer (confecções inglesas), BP (Oriente Médio), Vodafone (telefonia inglesa)
e TBC (cosméticos japoneses), entre outras empresas.
Beckham fatura US$ 23 milhões com a
coleção de patrocinadores. Ronaldinho já alcançou a casa dos US$ 26 milhões. E
pode chegar aos US$ 28 milhões em outubro, se fechar com a Audi, que acena com
US$ 2 milhões/ano. (L.A.P.)