O Brasil, líder do torneio classificatório, e o Chile, inspirado por duas vitórias seguidas, se enfrentam no domingo no Estádio Nacional de Santiago, ŕs 22h30.

Com 12 pontos, a seleçăo brasileira está um ponto ŕ frente da Argentina, e chega a Santiago motivada após a vitória por 3 x 1 exatamente sobre a equipe comandada por Marcelo Bielsa. O Chile está em terceiro lugar, com 10 pontos.

"Queremos manter a liderança nas Eliminatórias", afirmou o meia Kaká, do Milan.

Mas o favoritismo da equipe brasileira também é notado pelo lateral-esquerdo Roberto Carlos, que acredita que a equipe deve ganhar qualquer jogo, mostrando toda sua tradiçăo e os títulos mundiais.

"Respeitamos o Chile, mas devemos assumir que somos superiores por sermos os campeőes do mundo", disse neste sábado a jornalistas o jogador do Real Madrid, antes da última sessăo de treinos programada pelo técnico Carlos Alberto Parreira.

O jogador crę que o Chile deve crescer de produçăo contra o Brasil e que será muito perigoso, porque jogará em casa e possui bons jogadores.

"O Chile é uma equipe muito boa. Além disso, todos tęm sempre uma motivaçăo extra quando enfrentam o Brasil", acrescentou.

O técnico Carlos Alberto Parreira năo poderá contar com o meia Zé Roberto, que está suspenso. Edu, do Arsenal, será seu substituto.

Parreira lembrou aos jogadores que nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, o Brasil venceu a Argentina e em seguida enfrentou o Chile em Santiago, perdendo a partida por 3 x 0. Por isso, segundo o treinador, os jogadores devem ter muita atençăo e năo se deixar levar pela euforia provocada pela vitória sobre os argentinos.

CHILE OTIMISTA

A equipe dirigida por Juvenal Olmos também tem argumentos para chegar com o moral alto na partida contra a seleçăo brasileira: pela primeira vez na história ganhou dois jogos seguidos como visitante em uma eliminatória, e agora busca o terceiro triunfo consecutivo, diante do campeăo mundial.

A seleçăo chilena derrotou a Bolívia por 2 x 0 na altitude de La Paz e venceu pela diferença mínima a Venezuela em San Cristóbal.

O otimismo aumenta com a lembrança da ediçăo anterior das eliminatórias. Mesmo sem ter participado da Copa do Mundo do Japăo e Coréia do Sul, o Chile se deu ao luxo de derrotar os brasileiros com uma goleada de 3 x 0.

Olmos procurou falar menos de sua equipe do que o colega Carlos Alberto Parreira, na tentativa de superar os problemas de lesőes que acometem a equipe. Tręs jogadores sofreram distensăo muscular e năo disputarăo o jogo contra o Brasil, o atacante Marcelo Salas e os zagueiros Jorge Vargas e Pablo Contreras.

"Para ganhar do Brasil, năo basta jogar bem, é preciso fazer uma partida brilhante," disse o técnico.

As dúvidas do treinador passam justamente pelo bloco da zaga, na busca de alguém para completar o sistema defensivo ao lado de Rafael Olarra, Ricardo Rojas e Rodrigo Pérez.

Depois dos laterais, o meio campo seria composto por dois volantes e um meia de criaçăo, David Pizarro, deixando o ataque a cargo apenas de Reinaldo Navia.

FATOR RONALDO

Pizarro, volante da Udinese, da Itália, é um fator de preocupaçăo da defesa brasileira.

"É um jogador muito bom, que desequilibra uma partida", afirmou Roberto Carlos.

Mas o brasileiro năo poupou elogios ao colega Ronaldo, companheiro de equipe no Real Madrid.

"Ronaldo é o maior atacante do mundo. Năo há como pará-lo, eu o compararia com Maradona, pelo espetáculo."