LISBOA (Reuters)
- Enquanto os jogadores e dirigentes de Portugal
comemoravam no campo após a dramática vitória pelas
quartas-de-final da Eurocopa contra a Inglaterra, na
quinta-feira, uma pessoa ficou marcada por sua ausęncia.
O capităo Luis Figo foi
rapidamente para o vestiário depois de ser substituído
pelo técnico Luiz Felipe Scolari pelo terceiro jogo
seguido.
Ele dirigia-se para
cobrar um escanteio quando o número sete foi anunciado
para a substituiçăo. Figo passou a braçadeira de capităo
para Nuno Gomes, caminhou vagarosamente até sair do
campo, e desceu descontente para o vestiário.
Se o meia do Real Madrid
está feliz por participar do primeiro grande torneio
realizado por seu país, ele certamente năo está
demonstrando isso.
Figo pode até aparecer
sorrindo em um anúncio na televisăo, mas por todo o
restante do tempo parece que está carregando o mundo em
suas costas.
Em sua duas únicas
coletivas de imprensa, Figo foi monossilábico em suas
respostas para quase todas as perguntas.
No ano passado, ele
criticou abertamente a decisăo de Scolari de convocar o
brasileiro naturalizado portuguęs Deco para a seleçăo,
afirmando que "um hino nacional pode ser aprendido, mas
năo sentido".
Porém, apesar do
comportamento de Figo, apesar da crescente especulaçăo
sobre seu descontentamento -- especialmente após a
grande partida de Deco contra a Inglaterra -- Scolari
afirma que năo vę nada errado na conduta de Figo.
"Năo vi ele sair de
campo nervoso e isso năo é algo com que eu deva me
preocupar", disse Scolari. "Sou pago para assistir ao
jogo e foi isso o que eu fiz. Năo estou aqui para ver se
um jogador foi para o vestiário ou se ficou no banco."
"Se, no final, eu sentir
algo diferente, vou tomar alguma atitude. Mas o que me
disseram era que ele estava no vestiário ouvindo os
pęnaltis e orando."
Em uma rápida conversa
com a imprensa portuguesa, Figo disse: "Estou muito
feliz por estar na semifinal. Gosto de estar no campo
mas é o técnico quem decide. O importante é vencer." |