LANCE! fala com exclusividade com
Carlo Marcelin, treinador do Haiti. Ele sonha em conhecer Parreira e
Zagallo e reconhece: derrota para o Brasil não irá tirar a alegria dos
haitianos
LANCE!: O Haiti tem chance de vencer o Brasil?
CARLO MARCELIN: Não posso dizer se iremos ganhar. Queremos jogar bem.
Vamos enfrentar os melhores do mundo, sabemos que temos poucas chances.
L!: Há algum rancor com o presidente Lula, que pediu para o Brasil
vencer de pouco?
CM: Não, não estamos irritados. O mundo todo sabe que o Haiti não é nada
no futebol. O Brasil ganhou cinco Copas. Mas isso também não quer dizer
que vai ser goleada.
L!: Ficará triste se perder este amistoso?
CM: Não, pois sei que podemos perder. Itália, Alemanha e Argentina já
perderam para o Brasil. A passagem da Seleção por aqui vai marcar o
Haiti. O mais importante é a festa do povo.
L!: O que irá prevalecer no amistoso: sentimento de festa ou competição?
CM: Os dois. É uma festa para a paz, que tanto precisamos. E um jogo
contra o melhor time do mundo.
L!: Qual é o ponto fraco do Brasil? Por onde o Haiti vai tentar vencer?
CM: Não sei (risos). O time brasileiro vai ser diferente daquele que
jogou a Copa América. Podemos atacar por qualquer lugar, mas vai ser
muito difícil até empatar.
L!: E como você pretende surpreender o Brasil?
CM: Também não sei (risos). O futebol brasileiro é o modelo para o nosso.
Gosto muito do Parreira e do Zagallo. Considero como os melhores
técnicos do mundo.
L!: Fará questão de conhecê-los pessoalmente?
CM: Claro. Quero tirar fotos com o time todo.
L!: Como recebeu a notícia que iria jogar contra o Brasil? Felicidade ou
medo?
CM: Fiquei muito feliz. Vou enfrentar Ronaldo, Ronaldinho... (risos). |