RIO DE JANEIRO - A
experiência no Haiti mexeu muito com a emoção dos jogadores, do técnico
Parreira e do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
Ricardo Teixeira. O dirigente disse que vai solicitar ao presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, que programe pelo menos uma
partida da Seleção Brasileira por ano em prol da paz no mundo.
Enquanto isso, o técnico Carlos Alberto Parreira não se conteve ao falar
sobre a experiência: “Se me perguntarem qual foi o dia mais emocionante
da minha vida, certamente vou responder que foi o da chegada da Seleção
no Haiti. Uma coisa realmente inesquecível”.
O lateral-esquerdo Roberto Carlos não ficou menos emocionado: “O que
vivemos no Haiti foi uma coisa única. Nunca pensei que isso poderia
acontecer na minha vida. O futebol brasileiro é referência de vida para
muita gente. O carinho da população na rua, tudo foi maravilhoso”.
O zagueiro Juan confessou que chorou: “A chegada foi o ápice. Vi um
menino correndo atrás do ônibus e chorando. Para ele, a nossa presença
ali era o máximo. Eu também não pude conter as minhas lágrimas. Vou
guardar para sempre aquela imagem”.
Ronaldinho Gaúcho viajou, literalmente: “Ainda estou um pouco fora da
realidade. Muito diferente de tudo que a gente já viveu”. Juninho
Pernambucano comparou: “A situação me impressionou. Uma pobreza muito
maior que a nossa. O Brasil é um dos melhores países do mundo”. |