José Antonio Camacho deixou
o cargo de técnico do Real Madrid na segunda-feira, quatro meses depois
de assumir o cargo.
Camacho ofereceu seu cargo a Perez no domingo, após a derrota por 1 x 0
da equipe para o Espanyol, dizendo que se sentia incapaz de continuar
porque não tinha o apoio dos jogadores.
"Quero anunciar que o conselho do Real Madrid decidiu aceitar o pedido
de renúncia de José Antonio Camacho, embora ele vá continuar trabalhando
com o clube", disse o presidente Florentino Perez em entrevista à
imprensa.
"Eu também quero anunciar que colocamos nossa confiança em (seu auxiliar)
Marino Garcia Remon, um homem que já provou sua lealdade ao clube, como
novo técnico".
"Isso garante que haverá continuidade no trabalho já realizado por José
Antonio Camacho, que recomendou pessoalmente Garcia Remon como seu
substituto".
Camacho assumiu como técnico no lugar de Carlos Queiroz depois que o
Real, mesmo com jogadores como Ronaldo, Zinedine, Zidane e David Beckham,
ficou sem nenhum título na temporada passada.
Essa é a segunda vez que ele sai de forma prematura do clube ao qual
serviu também como jogador. Ele ficou apenas 23 dias no cargo em 1998,
saindo mesmo antes de a temporada começar depois de um desentendimento
com o então presidente Lorenzo Sanz sobre um contrato para o preparador
físico Carlos Lorenzana.
O Real, que terminou a temporada passada com cinco derrotas seguidas,
conseguiu passar sem problemas pela fase classificatória da Copa dos
Campeões, e então sofreu duas derrotas por 1 x 0 nos dois primeiros
jogos do Campeonato Espanhol.
A equipe também perdeu por 3 x 0 para o Bayer Leverkusen na Copa dos
Campeões na quarta-feira, e jogou de forma apática contra o Espanyol |