O brasileiro Ronaldinho quer "marcar a
história" de seu atual clube, o Barcelona, pelo qual sentiu "algo
especial" já desde seu começo de carreira no Grêmio, quando sonhava em "seguir
o caminho" de muitos de seus ídolos como "Romário, Ronaldo ou Rivaldo".
No campo, "gosto de ouvir os admiradores quando faço uma jogada bonita,
adoro. Meu objetivo é agradar ao público. Quando sei que as pessoas
voltam feliz para suas casas, eu também volto".
"Tenho vontade de marcar a história deste clube e de associá-lo a meu
nome para sempre. Eu gostaria que quando meu filho viesse aqui, falassem
de mim como de alguém que deixou uma marca, uma bonita marca", assegura
o jogador brasileiro em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal
de Paris France Soir.
Ronaldinho confessa que pensa "cada vez mais" em instalar-se de forma
duradoura no Barcelona e que não lamenta "em absoluto" ter escolhido o
clube catalão ao invés do Manchester United inglês quando deixou o Paris
Saint Germain.
No Barcelona "desde o primeiro dia senti que tinha feito a melhor
escolha. Durante minha apresentação oficial, havia 35 mil pessoas nas
arquibancadas. É uma loucura não?".
"Sempre senti algo especial por este clube. Quando estava no Grêmio, a
maioria dos meus ídolos jogavam no Barcelona: Romário, Ronaldo, Rivaldo
e eu sonhava em seguir o mesmo caminho", explica o jogador.
Ronaldinho se mostra emocionado pelo grande carinho das pessoas por ele,
o que já sentiu no Paris Saint-Germain - "as pessoas me respeitavam e
queriam me mimar", mas em Barcelona é "ainda mais forte".
"Todo o mundo gosta de mim. O mínimo que posso fazer em resposta é ser
generoso com os admiradores, tanto no campo como fora. Nunca me nego a
assinar autógrafos ou tirar fotos, e não é forçado, é algo natural para
mim. Acho que desde que cheguei não passei um dia sem assinar um
autógrafo", acrescenta.
Ronaldinho explica que se diverte jogando no Barcelona: "Se pratica um
futebol muito ofensivo e me entendo bem com meus companheiros,
especialmente com Samuel (Eto'o), com quem é muito fácil jogar". "Não
necessitamos falar para encontrar-nos, basta um olhar", acrescenta.
Sem querer fazer comparações com outros treinadores com os quais jogou,
o "craque" brasileiro assegura que com seu atual técnico, o holandês
Frank Rijkaard se sente "livre". "Ele me dá a liberdade que preciso para
me expressar", assegura. |