A filosofia de
jogo da seleção brasileira está bem próxima da que o técnico Carlos
Alberto Parreira sonha. Ou seja: revolucionária. Mas, se defender e
atacar com o maior número de jogadores não significa revolução alguma, a
novidade é que isso está sendo preparado para ser feito com jogadores
tecnicamente superdotados, de altíssima qualidade, sobretudo ofensiva.
E um grande teste desta revolucionária forma de jogar, com Kaká,
Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Adriano, juntos, será contra a Argentina,
amanhã, no Estádio Monumental de Núñez, disputando a liderança das
eliminatórias. Se o seu time vai apresentar o futebol solto e brilhante
da goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai, domingo, em Porto Alegre,
Parreira não pode garantir, mas ao mesmo tempo diz ter razões
suficientes para acreditar nisso:
— Agora, enfrentaremos a Argentina, na casa dela. Mas isso aconteceu
contra o Uruguai e o jogo foi em Montevidéu. Entramos em campo adotando
esta nova filosofia: 4-2-2-2 e o time jogou bem.
Mas qual o filme que passa na cabeça de Parreira, no momento em que
pensa neste tradicional confronto Brasil x Argentina?
— Tem tudo para ser um jogo lindo. São duas grandes seleções e antevejo
um jogo para frente. Claro que de início será contido, as equipes se
respeitam. Mas, como os dois times são ofensivos, tenho certeza de que
nós e eles sairemos para o jogo, tomando necessários cuidados defensivos
sem a bola. |