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2003

Ronaldo: "Si marco ante el Barca lo celebrare a lo grande"

ZIDANE, FIGO, RONALDO, CASILLAS Y MAKELELE LISTOS CONTRA EL BARCA

Валерий Карпин: Как положить "Реал" на лопатки

«Реал» и «Манчестер Юнайтед» опровергают слухи о переходе Бекхэма

"Реал Мадрид" - сборная Галисии 3:0 - отчёт о матче

«Золотая бутса» должна прийтись впору Кристиану Вьери

Хулио Салинас: «Реал» не использовал шанс

Что почем. «Реал» делает деньги даже на продаже трусов

Роналдо: "Если забью Барсе, буду праздновать это по большому"

Роналдо, Зидан, Фиго, Касильяс и Макелеле готовы играть против Барсы

2004

Real Madrid quer quatro reforços

EMOÇĂO NA LIGA

Todos em La Manga

Objetivo superderby

Sonho de Luís Fabiano é jogar ao lado de Ronaldo

LA LIGA SE APRIETA

Todos a La Manga

Objetivo superderby

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Everybody to La Manga

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2005

Embalado por vitória no clássico, Real encara Levante

CBF confirma amistoso contra a Guatemala

CONVOCATORIA LEVANTE-REAL MADRID

Borja, en el puesto de Gravesen

FIGO RECHAZÓ EL PETO QUE LE ENTREGÓ AYER TEIXEIRA

Luxemburgo: "Para ganar hay que asumir riesgos"

Cálido mensaje en el recibimiento en Valencia: “¡No estaréis solos!”

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Роберто Карлос: "Барселона" дала нам шанс и мы постараемся его использовать"

Прогноз Роберто Карлоса на оставшиеся семь туров

Заявка "Реала" на матч против "Леванте"

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Великолепно встретили "Реал" в Малаге

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Getafe 1:1 Real Madrid. Second time in progress...

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Julio Baptista marca, mas Real empata e cai para 3º

Brasileiro do Real diz que "será catástrofe" perder o vice

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RAÚL ANTE SUS HORAS MÁS CRÍTICAS

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Хетафе-Реал Мадрид - 1:1. Отчёт о матче

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Fenomeno stakanovista

Зико отпустил Роберто Карлоса в Бразилию

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2012

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Роналдо: сборная Бразилии способна выиграть домашний чемпионат мира

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Блаттер не будет жить в апартаментах Роналдо

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Новости

22/05/2006
RONALDO, O PREDESTINADO

 
 
Velho, gordo e acabado para alguns, Ronaldo foi parar na reserva do Real Madrid. Apesar disso, ele ainda é nossa principal arma para trazer o hexa. Saiba por quê

REENCONTRO COM O DESTINO

Esperar o quê de um jogador que não consegue cumprir direito um simples treinamento de driblar cones e chutar em gol? Que chega a tropeçar em um dos cones e cair no gramado? Placar responde: espere tudo, inclusive que ele seja o principal responsável pela conquista do hexa para o Brasil. Mais: que ele seja o artilheiro da Copa. De novo.

Porque foi essa a descrição da participação de Ronaldo feita por alguns jornalistas que acompanharam o treino do Real Madrid no último dia 14 de março. Foi o toque tragicômico do momento sombrio por que passa um dos melhores atacantes de todos os tempos. O Fenômeno vem apanhando de vários lados. Algumas críticas justificadas, outras gratuitas. Não bastasse a inédita sensação de ter sido barrado e colocado no banco pelo técnico Juan López Caro por questões técnicas, ouviu de Michel Platini que está “velho e gordo” e de Pelé que “seus problemas particulares o atrapalham”. No Real, vê naufragar o projeto “galáctico” após a demissão do presidente Florentino Perez, um prenúncio de que sairá em breve do clube tendo conquistado um título espanhol e um Mundial Interclubes em quatro anos.

Tudo isso existe, mas não há porque duvidar de sua capacidade de voltar a jogar bem e brilhar. A carreira do Fenômeno, hoje com 29 anos, é recheada de voltas por cima e mostra que, quando decretam seu fim, as cartas do destino sempre lhe viram nas melhores combinações.

Por que não agora, de novo? É preciso lembrar que, nos meses que antecederam a Copa de 2002, Ronaldo vivia uma situação muito pior. Pairavam dúvidas se ele voltaria mesmo a jogar futebol. Mas depois da segunda cirurgia no joelho direito, ele conseguiu se recuperar e disputou o Mundial em altíssimo nível. Atuou em todos os jogos e foi artilheiro do torneio com oito gols, dois deles na final. Os problemas de hoje, portanto, são fichinha para o Fenômeno. Ele tem tudo para derrubá-los nestes dias que antecedem a estréia do Brasil, dia 13 de junho, contra a Croácia.

O CORPO

Este é o nono ano consecutivo que Ronaldo inicia com uma lesão. Há duas razões para isso, que têm ligação entre si. Qualquer pessoa que passe por cirurgias que impliquem longas recuperações sofre um desequilíbrio muscular natural. Seria necessária uma dedicação absurda e diária em fisioterapia para que os músculos do Fenômeno não sofressem. Com este desequilíbrio (uma perna mais forte do que a outra, ou os músculos posteriores de uma perna mais fortes que os anteriores, por exemplo), Ronaldo sempre vai estar mais suscetível a lesões musculares do que os outros — ainda mais porque, hoje em dia, depois de tudo o que passou e com seus inúmeros compromissos fora de campo, ele não consegue mais dedicar-se tanto à musculação. E ainda pesa contra ele o clima europeu no começo do ano, de inverno, mais propício para que ocorram problemas musculares.

Por essas e outras — como a silhueta um pouco mais rechonchuda que há alguns anos — o Brasil inteiro deve estar preocupado com a forma física do Fenômeno. Uma pessoa fundamental, porém, aparenta tranqüilidade: “O estado físico dele na Copa não me preocupa nem um pouco”, diz Moraci Sant’Anna, preparador-físico da Seleção Brasileira.

A última vez que Moraci avaliou Ronaldo foi em setembro de 2005, durante a preparação para as Eliminatórias. A sua taxa de gordura estava entre 8 e 10%, o nível normal para um atleta de futebol. Apenas Cafu, um fora-de-série, tem 7%. Se faz tanto tempo que não avalia o Fenômeno — nos amistosos só dá tempo “para comer e dormir” —, o que deixa Moraci tranqüilo é o exemplo de Romário na Copa de 1994, quando ele também era preparador-físico de Carlos Alberto Parreira.

Em 1994, a Seleção teve uma semana a mais de treinos na preparação para a Copa, em comparação com o time deste ano, que terá 22 dias. Mas Romário chegou mais tarde (estava jogando a final da Liga dos Campeões pelo Barcelona, derrota de 4 x 0 para o Milan). Ou seja: o Baixinho teve antes do Mundial dos Estados Unidos o mesmo tempo de preparação que Ronaldo terá agora. E não só ele, como o time inteiro, “voou” na Copa. “O Romário nem queria fazer a avaliação física quando chegou, me dizia para colocar tudo zero em seus índices. Eu o convenci a fazer a avaliação, para saber que pontos eu trabalharia, e de fato a situação dele estava péssima”, disse Moracy. “Eu tinha 15 dias de preparação com ele, como vou ter este ano com o grupo. Tinha um bala na agulha, só podia dar um tiro, e sem errar.”

Moraci conta que decidiu trabalhar com Romário apenas explosão muscular, para ele poder dar seus piques curtos e mortais. Praticamente deixou de lado resistência física, característica tão importante aos laterais e volantes daquele time de Parreira. Romário não precisaria correr o jogo todo. Precisaria de explosão.

E Ronaldo? Moraci não tem acesso aos dados do Fenômeno há seis meses. Mas tem certeza de que, por pior que esteja, vai chegar à Seleção melhor fisicamente do que Romário em 1994. Como vai ter tempo para fazer com ele o mesmo trabalho que fez com o Baixinho... “Ronaldo também não precisa correr o jogo todo. Vai precisar de potência, de arrancadas, e em 15 dias vai chegar a um bom nível nesse quesito”, aposta.

Quem conhece bem o atual estágio físico do Fenômeno é o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, 28 anos, que substituiu Nilton Petroni, o Filé, no staff particular do craque desde o ano passado. Além de administrar o centro de recuperação que o jogador montou no Rio (investimento de 18 milhões de reais), ele vai a Madri sempre que o camisa 9 precisa de um trabalho mais específico. Esteve lá em novembro, quando Ronaldo torceu o tornozelo, e no começo do ano, quando teve uma lesão muscular, desta vez na panturrilha. Mazziotti diz que passou suas conclusões para a comissão técnica da Seleção. “O que falta ao Ronaldo é ritmo de jogo. Ele pode estar pesado, que é estar sem mobilidade, mas não está gordo. Sua taxa de gordura está dentro do previsto”, diz.

Se Ronaldo está pesado, como deixá-lo mais leve? “Ele precisa de potência, de velocidade. O Ronaldo é um tipo de jogador que, por todo o seu histórico de lesões e por suas características de jogo, precisa de um trabalho individualizado, voltado para ele”, diz Mazziotti, em sintonia com o pensamento (e os planos...) de Moraci. Está claro que esse trabalho — que está previsto para ser feito com o Fenômeno na Suíça, com a Seleção — não vem sendo realizado no Real Madrid. “Talvez porque estejam no meio da temporada... Não sei o motivo”, diz o fisioterapeuta, sem polemizar.

Mazziotti deve embarcar novamente para a Espanha em abril, a fim de fazer um trabalho preventivo visando à Copa. Vai cuidar da reorganização muscular do atleta, ou seja, evitar que haja desequilíbrio muscular, o principal vilão das lesões. A comissão técnica da Seleção será informada de todos os detalhes (é possível que ele esteja na Alemanha também). Sobre as críticas que Ronaldo vem recebendo mundo afora, Mazziotti conta como está a cabeça do Fenômeno: “Ele está muito motivado para dar o troco. Ninguém entende de dar a volta por cima mais do que ele.”

A ALMA

“Nunca gostei de estar em um lugar onde eu não sou bem aceito”. Desse modo, Ronaldo reclamou da torcida do Real Madrid no final de fevereiro, sugerindo que esta é sua última temporada no clube. Onde o Fenômeno já declarou se sentir mais à vontade? Acertou se você pensou em Seleção Brasileira. Ronaldo estará entre amigos, poderá brincar o tempo todo sem aturar olhares tortos dos sisudos espanhóis — lembre-se das críticas públicas de Helguera às comemorações coreográficas dos brasileiros no ano passado.

Além de tudo, a Copa da Alemanha é um prato cheio para o Fenômeno quebrar recordes e encontrar motivações, os tais objetivos que os jogadores tanto falam... Por exemplo: Ronaldo já é o maior artilheiro do Brasil em Copas, com 12 gols, ao lado do novo desafeto Pelé. Pode superá-lo e também deixar para trás o alemão Gerd Müller, o recordista geral com 14 gols. Ronaldo também pode se igualar a Cafu e disputar três finais seguidas de Copa (1998, 2002 e 2006); isso desde que Cafu não jogue a final de 2006. Para completar, o Fenômeno tem mais duas barreiras “superáveis”: ele pode se tornar o primeiro jogador duas vezes artilheiro de Mundiais e duas vezes campeão e goleador.

Acostumado ao protagonismo, Ronaldo há tempos deixou de ser o único xodó da torcida brasileira, compartilhando o título com (e às vezes sendo superado por) Adriano, Robinho, Kaká e, sobretudo, o xará Ronaldinho Gaúcho.

O problema é que nenhum dos quatro têm a folha de serviços prestados à Seleção de Ronaldo. Adriano, fundamental nas recentes conquistas da Copa América e da Copa das Confederações, já mostrou que a camisa amarela lhe cai bem, mas nunca disputou um Mundial, a exemplo de Robinho, que jamais foi brilhante na Seleção como o colega da Inter de Milão. Kaká e Ronaldinho Gaúcho jogaram uma Copa, mas nunca foram os mesmos de Milan e Barcelona na Seleção. Kaká ainda jogou bem nas Eliminatórias, mas Ronaldinho, o melhor do mundo, está devendo uma exibição de gala desde o jogo Brasil x Inglaterra na Copa de 2002. De todos os nossos craques, Ronaldo é aquele que pode levar o carimbo: “testado e aprovado”. Os outros, não. No jargão do turfe, a barbada é ele. Pode apostar.

UM INFERNO CHAMADO BERNABÉU (Por Júlio Gomes Filho, de Madri)

O desabafo de Ronaldo sobre “não se sentir querido” pela torcida do Santiago Bernabéu teve grande repercussão. No jogo seguinte, contra o Arsenal, pela Liga dos Campeões, surgiram faixas de apoio no estádio: “Ronaldo, a torcida está contigo”; “Ronaldo, você é o rei”. Uma das faixas era de Juan Santamaría. Após um primeiro tempo apagado do time, ele dizia: “Hoje, não vaiei o Ronaldo. Se continuar jogando assim, vaio no segundo tempo. A torcida tem razão. Ele tem que se preocupar mais com a forma física e se envolver mais nas partidas”.

Como Santamaría, havia centenas de críticos no Bernabéu. “Ronaldo não poderia ter falado o que falou sobre a torcida. Veja Roberto Carlos, Raúl e Beckham. Nós percebemos a entrega deles em campo e é isso que a torcida quer, amor à camisa. Eu nunca vi o Ronaldo aplaudir o público ou dar a camisa depois do jogo. Nós não sentimos entrega e não sentimos vontade da parte dele em nos conquistar”, diz José Emílio Martín, presidente da torcida Cinco Estrelas (5 Estrellas).

O que dizem Juan e José Emílio resume o espírito de todo o estádio. Quando Ronaldo faz gols, cala os críticos, mas não conquista o coração madridista. A visão geral, discutível, é a de que o Fenômeno é o rei da noite na cidade, está gordo, não corre em campo e apenas espera a bola chegar aos seus pés.

A antítese deste sentimento é o tratamento dado a Raúl, com quem Ronaldo definitivamente não se bica. O capitão vive péssima fase há pelo menos três temporadas, mas dizer isso em Madri beira a blasfêmia. A cada pique, a cada carrinho, Raúl é aplaudido pela torcida. Em 2002, quando Ronaldo recebeu a Bola de Ouro no Bernabéu, teve que engolir seco os gritos de “Raúl, Raúl, Raúl” vindos das arquibancadas.

O novo presidente do clube, Fernando Martín, também prefere Raúl. E, por fim, a imprensa esportiva espanhola só faz enaltecer o “esforçado” capitão. Desde que deu as declarações criticando a torcida, Ronaldo passou a ser alvo de diversos meios, notadamente o diário Marca. As capas freqüentemente “dão ordens” a Ronaldo para que treine e se esforce mais no lugar de falar mal da torcida. Os colunistas apóiam o técnico López Caro, que vem deixando o Fenômeno no banco com freqüência. A linha editorial, enfim, é contrária a Ronaldo, que há mais de um ano não dá entrevistas ao jornal.

A relação estremeceu quando o diário teria invadido demais a vida privada do jogador na época do relacionamento com Daniela Ciccarelli. Por este mesmo motivo, ele não dá entrevistas para os canais de televisão Antena 3 e Tele 5.

O outro diário esportivo madrilenho, o As, tem uma linha dúbia. Alguns criticam Ronaldo, mas em geral o jornal está ao lado do jogador, embora tome cuidado para não melindrar a torcida. O jornalista Oscar Ribot é uma espécie de “setorista” de Ronaldo no As. “Nós nos damos bem, mas isso não quer dizer que Ronaldo não seja criticado pelo jornal”, diz Ribot, que acredita na permanência do Fenômeno. “Ganhar a Liga dos Campeões com o Real virou uma obsessão para ele.”

Já a torcida não está tão segura, como mostram as palavras de José Emílio Martín: “Nós temos a sensação de que o Ronaldo quer sair, e o clube quer que ele saia. A torcida está dividida. Mas queremos entrega. Sem entrega em campo, seja Ronaldo ou qualquer outro, pode ir embora”, diz.

SAÍDA DE EMERGÊNCIA (Por Lédio Carmona e Gian Oddi)

Se outro clube rico resolver tirar Ronaldo do Real Madrid, a chance é agora. Até porque ficar na Europa é a preferência do Fenômeno. O futebol inglês já seduziu Ronaldo. Mas, após tantas cobranças no Real Madrid, chegou à conclusão de que enfrentar a cornetagem da mídia britânica não é lá muito saudável. A amigos, Ronaldo já admitiu que, se pudesse, gostaria mesmo era de voltar ao Barcelona. Chance zero. Com Ronaldinho Gaúcho e Eto’o, os catalães, magoados com a saída do Fenômeno, em 1997, não pensam nessa possibilidade.

Assim, o mapa competitivo do futebol europeu encaminha Ronaldo novamente a Milão. A novidade é que o Milan também o quer. O vice-presidente do clube, Adriano Galliani, afirmou recentemente que o Fenômeno seria bem vindo ao seu clube. Mas as portas estão um pouco mais abertas no lado inimigo. O petroleiro Massimo Moratti, maior acionista do clube, é fã de Ronaldo e já perdoou o artilheiro pela bola nas costas recebida em 2002, quando ele preferiu ir para o Real Madrid.

No ano passado, o jornal La Gazzetta dello Sport definiu bem a relação do dirigente com o jogador: “Com Ronaldo, Moratti é mais um sentimental irracional do que um presidente rígido e racional. Já o criticou algumas poucas vezes, como faz um pai com um filho, mas, também como um bom pai, sempre manteve as portas abertas para ele”. É verdade. Desde fevereiro de 2004, um ano e meio depois da saída do atacante para o Real, o dirigente diz que gostaria de ver o Fenômeno de volta — embora negue depois, dependendo da repercussão.

Mas Ronaldo trocou a Inter pelo Real em 2002, logo depois de ter sido campeão e artilheiro da Copa. Após anos convivendo com seguidas lesões em Milão, saiu de lá justamente quando estava de novo por cima. Despertou a ira dos torcedores, que o chamaram de traidor (até um livro com o título “O Rei Igrato” foi publicado). “Se voltar, Ronaldo terá que fazer a torcida perdoá-lo. Eu ainda estou chateado por sua traição”, disse o roqueiro Luciano Ligabue, célebre torcedor da Inter.

O Fenômeno ainda guarda uma última opção, quase de emergência, caso todas as possibilidades européias se esgotem. No dia 28 de fevereiro, o celular de Ronaldo tocou. Do outro lado da linha, Kleber Leite, vice-presidente de futebol do Flamengo. “Quando você virá jogar pelo seu time do coração?”, disse o cartola. A pergunta foi feita após Leite ouvir vários lamentos de Ronaldo sobre seus dias difíceis no Real Madrid. A resposta, porém, foi evasiva. “Um dia, com certeza. Quando, nem eu sei... Mas vou jogar no Flamengo.”

Kleber Leite jura que, como na vinda de Romário, em 1995, o Flamengo nada gastaria. A Nike, empresa que fornece o material esportivo do clube, ajudaria na operação, assim como o vice-presidente tem certeza de que teria amparo da Ambev, da TIM e do Banco Santander, outros patrocinadores do Fenômeno. “Eu estou de olho em tudo. Vou aproveitar todos os passos do Ronaldo nesse período. Basta ele acenar e aceitar conviver com a realidade financeira do futebol sul-americano”.

Kleber tem direito de sonhar alto, mesmo com o Flamengo mergulhado no buraco. No entanto, a concretização da operação está fadada a ser retardada por mais alguns anos. Ronaldo quer ficar na Europa. Desde que não seja no Real Madrid.

CARTAS

A estrela
No tarô, a carta da estrela de um predestinado indicará esperança, sorte e bom astral. Quando remeter ao passado, trará apenas lembranças positivas. Para os tarólogos de botequim da Placar, o que aconteceu com Ronaldo em 2002 sugere que o ambiente de Copa “conspirará a favor do Fenômeno e do hexa”.

O mundo
Carta que, em sua melhor interpretação, sugere popularidade, filantropia e realização universais. Análise de araque: essa carta já é dele

O enforcado
Carta que, no tarô, tem como um de seus significados correlatos a figura da vítima. Pós-graduados em picaretagem, os místicos de Placar interpretam: num time recheado de estrelas milionárias, como Zidane, Beckham, Robinho, Casillas, Raúl e o folgado do Guti, a torcida do Real jogar toda a culpa pela falta de títulos pra cima do Ronaldo é uma sacanagem fenomenal... e ninguém tasca.

O carro
Carta que, virada para um predestinado, indica a volta do herói, com horizontes ampliados e besuntados de triunfo e progresso. Nosso diagnóstico: depois de brilhar no hexa, Ronaldo dá uma banana aos chatos do Bernabéu e se manda para brilhar em outras bandas.

O eremita
É a carta do tarô que alude ao teto protetor, à sabedoria, à maturidade e à busca por um grande amor. Anote aí: Ronaldo volta à Inter, dá um título ao clube e vem encerrar a carreira no Flamengo. No Rio, se dedica ao mundo feminino.

O PESO DO PASSADO

Na Copa do Mundo, os homens se distingüem dos meninos – e os jornalistas abusam dos clichês. Conheça o currículo das estrelas brasileiras na Seleção e responda: quem é o mais confiável?

Ronaldo, 29 anos
97 Jogos
67 Vitórias
22 Empates
8 Derrotas
61 Gols
Copas do Mundo: 1994, 1998 e 2002 (14 jogos, 11 vitórias, 1 empate e 2 derrotas;12 gols marcados)
Títulos: Copa Stanley Rous/Umbro (1995); Medalha de Bronze na Olimpíada de Atlanta; Copa América (1997 e 1999); Copa das Confederações (1997) e Copa do Mundo (1994 e 2002)

Ronaldinho Gaúcho, 26 anos
65 Jogos
38 Vitórias
15 Empates
9 Derrotas
30 Gols
Copas do Mundo: 2002 (5 jogos, 5 vitórias; 2 gols marcados)
Títulos: Copa América (1999); Torneio Pré-Olímpico (2000); Copa do Mundo (2002) e Copa das Confederações (2005)

Kaká, 23 anos
33 Jogos
19 Vitórias
9 Empates
4 Derrotas
9 Gols
Copas do Mundo: 2002 (1 jogo, 1 vitória; nenhum gol marcado)
Títulos: Copa do Mundo (2002) e Copa das Confederações (2005)

Adriano, 24 anos
34 Jogos
19 Vitórias
9 Empates
6 Derrotas
22 Gols
Copas do Mundo: Estreante
Títulos: Copa América (2004) e Copa das Confederações (2005)

Robinho, 22 anos
18 Jogos
11 Vitórias
5 Empates
2 Derrotas
5 Gols
Copas do Mundo: Estreante
Títulos: Copa das Confederações (2005)

AS PEDRAS DO CAMINHO

Veja como foi o ano de Ronaldo antes da Copa de 2002 e compare com o que acontece agora em 2006. Para quem um dia ressuscitou, espantar a uruca atual é como curar resfriado...

Janeiro 2002
Não jogou por causa de uma lesão muscular sofrida em dezembro, após alguns minutos em campo contra o Piacenza. O joelho parecia bom, mas sofria com os músculos. Passou 15 dias em tratamento no Brasil. Felipão o queria para um amistoso contra a Arábia, mas não deu. Muitos consideravam Ronaldo um ex-jogador e clamavam por Romário.

Fevereiro 2002
Autorizado pela Internazionale, Ronaldo vem ao Brasil fazer tratamento com o médico da Seleção, José Luiz Runco. Na Itália, cada vez mais pipocam notícias de que ele e o treinador Hector Cúper não se davam. O treinador chegou a afirmar que Ronaldo era mais importante para a Seleção Brasileira do que para a Inter. Seguiu fora de combate por todo o mês.

Março 2002
Ronaldo volta a jogar depois de três meses. Apesar de inativo na Inter, é convocado para amistoso contra a Iugoslávia, depois de 2,5 anos fora da Seleção. Atua bem e fala em “voltar ao topo”, mas é ridicularizado na imprensa. Felipão diz que ele precisa atuar pela Inter para ser convocado. O amigo Filé o acompanha na Seleção e cria a polêmica: pode haver um fisioterapeuta particular na Seleção?

Abril 2002
Pela primeira vez no ano, atua por 90 minutos na Inter. O Fenômeno começava a voltar. Joga bem contra o Feyenoord, pela Copa da Uefa. Faz sua melhor partida desde a cirurgia numa virada contra o Brescia, pelo Italiano, quando marcou dois gols e saiu emocionado de campo. Dias depois, defende a Seleção e agüenta o primeiro tempo no empate por 1 x 1 com Portugal. Mostra evolução. Na Itália, atinge a média de 0,75 gol em oito jogos pelo Italiano, perto de sua marca em 1997/98.

Maio 2002
A Inter perde o título italiano após derrota para a Lazio na última rodada (Ronaldo jogou até os 32 do segundo tempo e não marcou). É convocado para a Copa. Antes do amistoso contra a Malásia, prometeu a Felipão que marcaria um gol no jogo e, na Copa, faria seis. Marca contra os asiáticos, mas não empolga. “Ele teve uma atuação normal para quem vem de contusão e vem mostrando qualidade aos poucos”, dizia Scolari. Um mês depois, chega ao Mundial, marca oito gols, termina como artilheiro e jogador mais decisivo do penta.

Janeiro 2006
Ronaldo se lesiona em sua primeira partida do ano (contusão muscular, na perna direita, como de hábito) contra o Villarreal e fica três semanas de molho. Participa, dias depois, do lançamento da chuteira que usará na Copa do Mundo. É o nono ano consecutivo que ele inicia contundido.

Fevereiro 2006
Volta a jogar contra o Espanyol, dia 4, e marca um gol de cabeça. Disputa mais seis partidas seguidas pelo clube espanhol, marca apenas um gol, joga mal, é vaiado pela torcida e ameaça deixar o clube depois da Copa. Diz que nunca foi tratado com carinho no Santiago Bernabéu e não consegue se sentir em casa.

Março 2006
Convocado para amistoso com a Rússia, tem atuação discreta como todo o time, porém marca o único gol do jogo. No Real, é barrado por motivos técnicos: não fica nem no banco contra o Atlético de Madrid. Retorna na partida seguinte, mas segue jogando mal. Perde um pênalti no empate por 0 x 0 com o Valencia, pelo Espanhol, e vê seu time eliminado da Liga dos Campeões contra o Arsenal.

A VOZ DO ‘FENÔMENO’

Placar – Você aguarda com ansiedade o início dos treinos para a Copa? Para você, o que significa estar com a Seleção?
Ronaldo – O ambiente de Seleção sempre me anima muito. Tive uma temporada difícil, com seguidas contusões, um certo baixo astral. Voltar à Seleção, sem dúvida, significa encontrar bons amigos e um objetivo bem definido. Adoro estar ali.

Placar – De certa forma, aquele “carinho” que falta na torcida do Real você encontra no ambiente da Seleção? Como?
Ronaldo – Sei perfeitamente que um jogador como eu deve ser cobrado. É natural que a torcida fique insatisfeita se as coisas não andam bem. Nunca me esquivei de pressão. Ocorre que, mesmo nos melhores momentos, não senti o carinho de uma pequena parte dos torcedores dentro do estádio. Sim, dentro, porque nas ruas eles me pedem autógrafo, fotos, essas coisas. Gosto muito do Real Madrid, um dos maiores clubes do mundo, e tenho orgulho de jogar aqui, mas quem gosta de não se sentir querido dentro de sua própria casa? Não quero enfrentamento com a torcida, o Real tem uma história. Já fui ovacionado pelo estádio lotado, com a minha mãe até saindo emocionada, mas também quando voltei do Mundial de Clubes, em 2002, e tinha sido o melhor daquela final, uma parte da torcida, que por sinal é sempre a mesma, gritou por outro jogador (Raúl). São coisas assim que gostaria de avaliar.

Placar – O que existe na Copa do Mundo que motiva tanto você, que faz com que você se torne o jogador decisivo?
Ronaldo – Creio que a Copa do Mundo pode ser definida como uma competição no seu estado máximo. Ali, não tem brecha para erro. Eu gosto disso, me sinto especialmente motivado. Foi assim desde a primeira vez, em 1994. Sabia que o professor Parreira dificilmente me colocaria, mas eu sonhava em entrar. Acho que, se entrasse, jogaria bem. Mas, mesmo sem jogar, foi uma experiência maravilhosa. Nas outras eu consegui ir bem.

Placar – Por que de repente esse desejo de “apagar a geração Pelé”? Você acha possível entrar para a história como o maior jogador brasileiro de todos os tempos?
Ronaldo – Gostaria até de esclarecer. Disse isso, de fato, mas me expressei mal. Sinceramente. Sei que o futebol brasileiro é rico por toda a sua história de muitos anos. E a geração do Pelé começou a abrir o caminho de grandes títulos para nós. Não apenas ele, mas todos os que jogaram naquelas equipes serão inesquecíveis. O que quis dizer é que, pelos resultados que temos e poderemos ter, talvez nós fiquemos no mesmo patamar de importância. O Tostão, a quem admiro muito, jogou com o Pelé e fez uma coluna mais equilibrada sobre o que falei. Disse que sempre vão existir ótimos jogadores e que uns não apagarão os outros. Concordo. Daqui a 20, 30 anos, se Deus quiser, haverá uma geração que terá o mesmo número de títulos que a nossa, que a do Pelé. Só o futebol brasileiro é assim. Ser o maior jogador de todos tempos? Nem pensar. Esse posto é do Pelé com toda a justiça.

Placar – Por falar nisso, o que ainda te move para continuar jogando futebol, concentrando, tendo a vida investigada, enfim... Quais os objetivos do Ronaldo como jogador depois da Copa, por exemplo?
Ronaldo –
Tenho muito futebol pela frente. Gosto de jogar e devo seguir pelo menos até os 34 anos. Quanto à perseguição, realmente é chato. Falam coisas que não acontecem, aumentam outras sem o menor constrangimento. Há uma preocupação muito grande com o que eu faço. Tenho uma namorada (a modelo Raica) há nove meses e vivem me relacionando com outras mulheres. Isso realmente é muito desagradável. Quanto aos meus objetivos depois da Copa, prosseguirei no futebol europeu e na Seleção.

Placar – A comissão técnica da Seleção garante que não interfere na sua preparação enquanto você está no Real, mas o fisioterapeuta Luis Rosan foi a Madri cuidar de você. A dois meses da Copa, não seria interessante pedir outras orientações para o staff da Seleção, nem que seja de maneira sigilosa?
Ronaldo – Acho muito bom que a comissão técnica da Seleção se preocupe comigo. Aliás, não apenas a comissão técnica. Outro dia o presidente Ricardo Teixeira ligou para me apoiar, dizer que está comigo. Isso conforta muito. Quanto ao Rosan, ele foi lá para ver como eu estava. Tive três contusões nesta temporada. Aquela do tornozelo, no começo, que me atrapalhou demais porque estava disputando (a artilharia) gol a gol com o Eto’o. Depois, tive as lesões musculares. Acho natural que o pessoal da CBF queira ver de perto o tratamento, como estou reagindo. Fico feliz. Sinal de que contam comigo. Se Deus quiser, por muito tempo.

Placar – Você já insinuou que dificilmente continua no Real. Que clubes e países hoje em dia são capazes de seduzir o Ronaldo? As opções não são restritas demais?
Ronaldo – Nunca disse textualmente que sairei do Real. Tive uma conversa com dirigentes e eles me pediram para ter tranqüilidade, fazer o máximo possível neste fim de temporada. Foi bom, o novo presidente é uma pessoa sensível. Não vou falar nomes de clubes aqui, mas todos sabem aqueles que têm condições de abrir uma negociação com o Real Madrid, caso haja interesse das três partes. Dinheiro não é tudo, quero é ser feliz. Mas essa felicidade pode até estar aqui mesmo no Real.

Placar – O que te faria voltar ao Brasil para jogar no Flamengo? Dinheiro com certeza não seria, né?
Ronaldo – Claro que não. Jogar no Flamengo é um sonho antigo, mas está longe de se realizar. O futebol brasileiro precisa ter condições não apenas de me levar de volta, mas também de buscar outros grandes jogadores. E isso não tem a ver apenas com dinheiro, mas com planejamento, organização. Por ora não vejo, com certeza, uma forma disso acontecer.

Placar – Você pretende resolver sua situação no Real Madrid e uma possível mudança de clube antes ou depois da Copa do Mundo? Você não acha que, se estourar na Copa, o Real pode não querer te liberar depois?
Ronaldo – Não acredito que alguma coisa aconteça antes da Copa do Mundo. Eu mesmo não estou com pressa. Quero fechar bem a temporada e me concentrar na Copa. Temos muitos objetivos. O que acontecerá depois é conseqüência. Pelas conversas que tenho com os dirigentes sei que as decisões que forem tomadas em relação ao meu futuro aqui serão sem conflito ou pressão. Seja para ficar ou sair.

Placar – Torcedores da Inter de Milão entregaram uma carta à diretoria e levaram uma faixa ao CT do clube apoiando seu retorno. No dia seguinte, outros torcedores gritaram o contrário. Como você encara o fato de ter “rachado” a torcida da Inter?
Ronaldo – Fico feliz com os que gostariam de me ter de volta. Esse negócio de rachar é relativo. Sempre tem alguém que não gosta de você. Mas garanto que todos gostaram dos golzinhos que fiz lá. Tenho excelente média de gols na Inter (é de 0,6 por jogo).

Placar – Você e o Moratti são amigos e, a todo o momento, ele dá sinais de que adoraria te ver de novo com a camisa da Inter. A recíproca é verdadeira? E você teria mesmo coragem, depois de tudo o que aconteceu na Inter, de jogar pelo Milan?
Ronaldo – Gosto da Inter, mas sou um profissional. São dois clubes grandes, fortes, que chegam nas competições para ganhar. Não vejo porque evitar de jogar num por causa do outro.

Placar – Aqui no Brasil muita gente disse que o Luxemburgo só caiu no Real porque era brasileiro. Mas os três técnicos anteriores também foram breves. Qual sua visão sobre a demissão? Houve algum tipo de preconceito?
Ronaldo – Difícil. Como disse na época, não acho que a saída do Vanderlei resolveria. Não resolveu. Eu e os companheiros buscamos uma explicação para essa campanha. Nosso time é forte, mas realmente não encaixou. O Vanderlei estava fazendo um trabalho certo, mas aqui, como no Brasil, futebol é resultado. Se eles não aparecem logo, o técnico cai. Sinceramente, não sei o motivo de a equipe não produzir.

Placar – Você não acha que o problema do Real é não priorizar o futebol, mas sim o retorno financeiro de suas contratações? A queda do Florentino Perez não é uma prova disso?
Ronaldo – Não. O Real Madrid segue um modelo dos principais clubes da Europa. Todos os grandes fazem do marketing esportivo uma prática comum. Isso dá o retorno financeiro que permite montar grandes equipes. Eu acho que o Florentino foi ousado, um grande presidente.

Placar – Aos 29 anos, você não acha que pode ser uma roubada voltar para um futebol mais duro como o Italiano? Não é mais fácil continuar na Espanha para seguir marcando gols?
Ronaldo – Quem te disse que vou voltar para a Itália? Além disso, que futebol é mais duro e disputado do que aquele que enfrentamos na Copa do Mundo?
 

 

22.05.2006 07:06 +0400
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Роналдо - 41 лет. Гражданство: Бразилия. - Двукратный чемпион мира - 1994, 2002; - Двукратный чемпион Испании - 2003, 2006.
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