Kaká e
Adriano, dois jogadores menos badalados do quadrado ofensivo da Seleção
Brasileira, acreditam que podem se beneficiar da pressão em torno de
Ronaldo e Ronaldinho e terem mais espaço em campo, assim como ocorreu no
amistoso em que a Seleção Brasileira goleou o Combinado de Lucerna por 8
a 0, na última terça-feira.
"Toda esta badalação em torno dos Ronaldos pode, de certa forma, me
beneficiar em algumas partidas, de alguma maneira", reconheceu Kaká.
O jogador, no entanto, sabe que será vigiado de perto durante a Copa
2006, na Alemanha.
"Não haverá uma marcação individual em cima da Seleção. Será por zona.
Na Europa, todos os treinadores conhecem os jogadores, analisam os jogos,
sabem o que fazemos nos clubes", explicou.
Kaká, inclusive, disse não gostar muito do termo quadrado ofensivo,
usado pela imprensa para se referir ao ataque composto por ele, Adriano,
Ronaldo e Ronaldinho.
"Não gosto de falar de quadrado, gosto de falar de Seleção Brasileira. A
gente joga no ataque desta forma, mas há outras formas de armar o time.
A gente muda muito durante o jogo, faz vários tipos de movimentação, que
alteram o esquema", observou.
Mostrando maturidade, o craque, 24 anos, disse que não se incomoda com
tanto assédio a Ronaldo e Ronaldinho.
"Gosto que as pessoas corram atrás de mim e que tenham interesse de
falar comigo por aquilo que faço em campo. Sei de minha responsabilidade
na seleção e sei também da história e do momento dos outros jogadores",
destacou.
Já Adriano, atacante da Inter de Milão, autor de dois gols contra o
Combinado de Lucerna, acredita que terá mais liberdade na Copa por
formar o ataque com Ronaldo e Ronaldinho.
"A pressão sobre os dois é sempre muito grande, e alguém acaba ficando
mais livre da marcação dos adversários. Para mim, isso é bom", encerrou. |