A seleção brasileira teve uma atuação contra a Austrália muito parecida
com a que teve na estréia, com três dias de treinamento a mais. O que
funcionou contra a Croácia, funcionou neste domingo. E o que na estréia
esteve mal, contra os australianos não melhorou. O placar foi maior e os
reservas Robinho e Fred provaram que têm estrela.
Dida, como na estréia, esteve muito firme sob a trave, mas neste domingo
foi mais exigido na saída de gol e mostrou insegurança - quase entrega o
ouro a Kewell no segundo tempo.
A defesa manteve-se segura no confronto direto, mas Lúcio teve muito
mais trabalho com Viduka do que com o crota Prso - a partir dos 25
minutos do segundo tempo, começou a ficar nervoso, colocar-se mal e
quase entrega a vitória em dois lances. Outro problema da defesa,
especialmente no primeiro tempo, foi em decorrência de uma falha no
meio-campo que não acontecera na estréia: os volantes não se
apresentavam, e Juan e Lúcio tinham que tentar lançamentos - erraram
todos, não é a especialidade deles.
No meio-campo, tudo como sempre. Emerson e Zé Roberto foram muito bem no
combate direto, impecáveis nas roubadas de bola. Kaká continua
incansável e, de novo, foi o principal foco de criatividade. E
Ronaldinho, novamente marcado em cima, conseguiu criar algumas jogadas,
mas não foi brilhante.
Se houve alguma evolução, mesmo que muito discreta foi na frente. No
primeiro tempo, a mesma pasmaceira da estréia. No segundo, um único
lance mostrou o que se consegue com movimentação. Ronaldo e Adriano
abriram em diagonal, cada um para um lado. O Fenômeno recebeu, sabia
onde estava Adriano e tocou. O Imperador, no mano a mano, achou a brecha
para marcar. |