Maior jogador da história do futebol brasileiro, Pelé,
homenageado pela Fifa nesta segunda-feira, na cerimônia dos melhores de 2007,
aposta no quarto título de Ronaldo.
Em baixa no Milan, o Fenômeno foi aclamado pela entidade em 1996, 1997 e 2002. É
o recordista. Ronaldinho Gaúcho tem dois (2004 e 2005), enquanto Kaká (2007),
Rivaldo (1999) e Romário (1994) completam a relação.
Ronaldo recupera-se de problemas musculares e nem sequer disputou o Mundial de
Clubes, no Japão. O time italiano, liderado por Kaká, bateu o Boca Juniors na
final por 4 a 2 e conquistou a quarta taça.
"Esse prêmio da Fifa avalia a temporada do jogador, não a carreira. O Ronaldo
tem sofrido com contusões e por isso não apareceu tanto. Mas ele tem totais
condições de voltar aqui [Zurique] e ganhar", disse.
A declaração de Pelé chega a surpreender. Dois dos maiores nomes do Brasil
trocaram farpas durante a preparação da seleção para a Copa do Mundo da Alemanha,
em 2006.
Pelé declarou a um jornal inglês que a seleção de 1970, campeã no México, foi o
maior time que ele já viu. Ronaldo rebateu e disse que, caso o Brasil levantasse
o hexacampeonato, a sua geração poderia fazer esquecer a de Pelé.
O Rei do Futebol também opinou sobre o peso do jogador à época, e Ronaldo o
acusou de "oportunista barato", em entrevista ao jornal O Globo.
Sobre a homenagem da Fifa, Pelé afirmou que foi uma surpresa. "Esperava entregar
o prêmio para o Kaká, só isso. Mas foi emocionante reconhecerem os três títulos
mundiais (1958, 1962 e 1970) e os meus 50 anos de futebol", disse.
Pelé foi a grande ausência no anúncio do Brasil como sede da Copa de 2014, que
aconteceu em outubro, na mesma Zurique. A CBF (Confederação Brasileira de
Futebol), ao ser questionada, minimizou a presença do ex-jogador do Santos.
"A Marta e o Kaká foram apontados como os melhores. Enquanto os políticos fazem
muitas coisas ruins, o esporte limpa a cara do Brasil. Viva o Brasil", finalizou. |