30/05/2009
Corinthians usa atacante Ronaldo como "arquiteto" de CT
A integração entre Ronaldo e Corinthians já atingiu um nível que faz a
relação entre eles extrapolar as funções do atacante dentro de campo.
O time do Parque São Jorge quer aproveitar a experiência que o jogador
acumulou ao ter atuado por alguns dos maiores clubes do planeta para
fazer melhorias em seu centro de treinamento, em terreno no Parque
Ecológico do Tietê.
A ideia é transformar o local --uma área estatal de cerca de 200 mil m
sob concessão do clube por 100 anos-- de um simples espaço com três
campos e pouca infraestrutura de apoio num CT equiparável aos mais
completos do mundo.
Para isso, o Corinthians conta com o conhecimento do Fenômeno e suas
passagens por Real Madrid, Barcelona, Inter de Milão e Milan, todos com
instalações de treinamento considerados exemplares.
A convite do presidente Andres Sanchez, Ronaldo viu o esboço do projeto
para a construção do CT corintiano. E, segundo o dirigente, "deu
palpites em algumas coisas". Além do Fenômeno e do presidente corintiano,
apenas os diretores envolvidos na construção do CT e membros da comissão
técnica, que utilizarão diariamente a estrutura do local quando estiver
pronta, conhecem o esboço.
"O Ronaldo viu o projeto no papel. Falou de algumas coisas que precisava
ter."
Andres diz que a nova infraestrutura ficará parcialmente pronta até o
fim do ano. "Não dará ainda para fazer pré-temporada lá, dormir lá. Mas
isso será possível até o meio do ano que vem", afirmou.
O diretor administrativo do clube, André Luiz Oliveira, um dos
responsáveis por tocar a obra, é mais cauteloso. Segundo ele, ainda
demorará pelo menos um mês para que o projeto comece a ser executado.
"O Corinthians já falou com todos os órgãos para os quais precisava
prestar esclarecimentos. Mas ainda vamos fechar o projeto. Temos que
mexer em algumas coisas", disse.
As obras de melhoria da infraestrutura do CT Parque Ecológico, segundo
previsão inicial da diretoria corintiana, deve consumir entre R$ 15
milhões e R$ 18 milhões.
Ainda endividado, o clube pretende usar fontes de recurso alternativas.
Uma delas é captar parte do dinheiro necessário para a construção
através da Lei de Incentivo do Esporte, segundo conta Oliveira.
O diretor afirma ainda a ambição de ter no projeto a assinatura de um
dos arquitetos brasileiros mais renomados. "Queremos que o projeto seja
do Rui Othake", diz.