As torcidas de Corinthians e Vasco esperavam mais de suas estrelas nesta
quarta-feira. No jogo que valia a vaga para a final da Copa do Brasil,
no Pacaembu, Ronaldo e Carlos Alberto tiveram atuações apenas discretas
e ficaram longe do futebol que encantou seus fãs em outras partidas. No
geral, uma pequena vantagem para o meio-campista carioca, mais
participativo, diante de um Fenômeno sonolento e pouco produtivo.
O primeiro tempo começou quente para Carlos Alberto. Logo aos dois
minutos, ele recebeu uma dura entrada de Cristian na lateral, não gostou
e reclamou, dando início ao pequeno tumulto, inflamado pela torcida.
Após a discussão, deixou uma das mãos no rosto do adversário, mesmo em
frente ao Leonardo Gaciba, que nada fez.
Já Ronaldo sentiu a falta de ritmo depois de três jogos ausente por
conta de uma lesão na panturrilha direita. Apesar de não receber uma
marcação individual e ter espaço para se movimentar, o Fenômeno pouco
conseguiu aproveitar. Aos cinco minutos, ele recebeu passe de Elias, mas
pegou mal na bola e chutou por cima.
No mais, limitou-se a trazer preocupação à defesa adversária. Os
zagueiro Vilson e Gian e o volante Amaral cercavam de perto o Fenômeno.
Exemplo disso aconteceu aos 21. O craque pentacampeão recebeu de
Cristian na área e, no momento da finalização, foi travado por Gian,
perdendo boa chance.
Incumbido de levar o Vasco ao ataque, Carlos Alberto apareceu mais,
sobretudo pelo espaço dado pelo Timão no meio-de-campo. Seguido de perto
por Cristian, o armador cavou espaços na intermediária de seu ex-time,
porém, sem criar muita coisa. Elton foi o homem mais perigoso do ataque
carioca e teve a melhor chance, aos 23, ao acertar bela cabeçada para
linda defesa de Felipe.
No segundo tempo, o Vasco continuou melhor e encurralou o Corinthians no
campo de defesa. Carlos Alberto, por muito pouco, não calou o Pacaembu,
aos seis. Paulo Sérgio fez o levantamento da direita, o meia apareceu
livre na área, mas foi atrapalhado por Alessandro na hora da cabeçada e
Felipe segurou.
Ronaldo seguiu sua noite de pouco futebol. Com o Corinthians pressionado,
o Fenômeno se isolou na frente e sequer apareceu nos contra-ataques. Até
aos 15 minutos, o máximo que conseguiu foi uma pedalada na intermediária
que não resultou em nada.
O sonho de ser o herói vascaíno acabou para Carlos Alberto aos 23
minutos. Cansado, foi substituído por Enrico e assistiu ao restante do
jogo no banco de reservas. Ronaldo ainda teve sua oportunidade, aos 38.
Em contra-ataque, ele invadiu a área, driblou o goleiro, mas pertimiu
que ele se recuperasse e tirasse a bola dos pés do Fenômeno. |