Ronaldo ainda não assinou a renovação de seu contrato com o Corinthians, que
termina no fim deste ano. E segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", o
estafe do jogador pediu um aumento em seu salário para viabilizar sua
permanência no Parque São Jorge. No entanto, a diretoria alvinegra adotou um
discurso tão enfático quanto otimista para tentar facilitar um acerto
financeiro. Mesmo sem um reajuste salarial, pretende igualar o camisa 9 a
Kaká, contratado recentemente pelo Real Madrid.
A conta feita pelo Corinthians é baseada no potencial de venda de Ronaldo.
Contratado em dezembro do ano passado, o centroavante teve apenas um produto
lançado pelo time paulista - uma imagem dele em miniatura, que chegou às
lojas na semana passada.
"Nós fomos muito incompetentes com o Ronaldo neste ano. Por tudo que ele
representa e o que pode nos dar, fizemos pouco. Demorou muito para o mercado
entender que ele daria certo em campo e que teria esse carinho de toda a
torcida brasileira, não apenas dos corintianos", disse o diretor de
marketing da equipe alvinegra, Luis Paulo Rosemberg.
Quando chegou ao Corinthians, Ronaldo estava em fase final de recuperação de
uma lesão no joelho. Por conta disso, segundo Rosemberg, o mercado esperou
para medir o impacto da presença dele no clube alvinegro e isso dificultou
uma série de ações.
"No ano que vem vai ser real, diferente. Vamos lançar todo tipo de produto,
fazer amistosos, sorteios e tudo o que a marca do Ronaldo permitir. Teremos
um novo patamar", projetou o dirigente.
Com essa mudança de política, a direção do Corinthians projeta um incremento
de 50% a 80% nas receitas de Ronaldo. Atualmente, o atacante recebe cerca de
R$ 400 mil mensais de salário e uma porcentagem em acordos comerciais do
clube (80% dos patrocínios periféricos de uniforme, por exemplo, são
transferidos a ele).
"Sem falar em aumento, estamos trabalhando para que ele tenha uma receita no
nível do Kaká", comparou Rosemberg. O salário do ex-jogador do São Paulo no
Real Madrid gira em torno de 1 milhão de euros.
Além de novas iniciativas e fontes de arrecadação diferentes, o projeto de
valorização de Ronaldo é baseado em uma projeção de aumento nos contratos de
patrocínio. Isso não quer dizer, entretanto, que o Corinthians vá abandonar
a tática adotada neste ano, de retaliar o uniforme para ampliar a
arrecadação. "Se eu conseguir uma empresa que pague tudo, melhor. Eu acho
mais harmônico. Mas vamos fazer o que for preciso para atingir o que
buscamos em termos de receita", finalizou Rosemberg. |