Expulso pela primeira vez numa Copa do Mundo, e apenas a terceira na
carreira (as duas anteriores foram ainda no São Paulo), o meia Kaká tentou
evitar declarações polêmicas após a vitória do Brasil sobre a Costa do
Marfim , mas deixou claro que ficou insatisfeito com o cartão vermelho que
recebeu quase no fim da partida deste domingo.
- Não fiquei lá (no meio dos jogadores) para brigar, não estava nervoso. As
imagens falam mais do que qualquer palavra que eu disser aqui. Então prefiro
não falar nada, a Fifa tem um comitê específico para avaliar isso. Já recebi
milhares de mensagens de apoio - afirmou o camisa 10 do Brasil na zona mista
de entrevistas do estádio Soccer City, logo após o jogo.
Kaká foi um dos jogadores que mais se indignaram com a violência da Costa do
Marfim, especialmente após o segundo gol brasileiro. Aos 39 minutos do
segundo tempo, ele recebeu cartão amarelo do confuso árbitro francês
Stephane Lannoy por reclamação. O Brasil ainda tinha uma substituição a
fazer, mas o técnico Dunga preferiu mantê-lo em campo. Ingenuamente, Kaká
não soube escapar das provocações.
Apenas cinco minutos depois, o marfinense Keita deu uma trombada no camisa
10 brasileiro e caiu no chão simulando uma agressão. O juiz acreditou e deu
o segundo amarelo para Kaká, alegando que ele deixou o cotovelo para atingir
o adversário.
- No final do jogo, as coisas esquentaram um pouco e aí houve jogadas,
digamos assim, desleais. E aí não fica um jogo legal para ninguém, nem para
quem está vendo nem para nós, jogadores - comentou Kaká.
Veja a fotogaleria da vitória brasileira
Apesar da expulsão, Kaká se disse satisfeito com sua atuação, e também com a
boa partida da seleção.
- Estou feliz pela minha atuação e pela seleção também. Tudo isso contribuiu
para a classificação. Era o chamado grupo da morte e nós conseguimos nos
classificar com antecedência. Era um jogo fundamental. A vitória ou a
derrota decidiria tudo - completou. |