Este ano, jogadores como Roberto Carlos,
37 anos, e Ronaldo, 34, ambos do Corinthians, além de Belletti, 34, no
Fluminense, disputarão a temporada brasileira pelos seus clubes. Todos
foram campeões mundiais na Coreia do Sul e no Japão em 2002 e fizeram
carreiras sólidas na Europa, mas o retorno de jogadores consagrados ao
Brasil preocupa o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes.
O diário catalão Sport criticou esse fenômeno, chamando o Brasil de "cemitério
de elefantes" e temendo que o campeonato se torne "o maior de veteranos
do mundo". A publicação aponta que o futebol praticado em terras
brasileiras é menos desgastante fisicamente, valorizando mais a técnica,
e ressalta o crescimento da economia do país.
Além dos já citados, o jornal destaca Ronaldinho, no Flamengo, Fábio
Rochemback, no Grêmio, Eduardo Costa, no Vasco, e Elano, no Santos. A
nova aquisição dos times brasileiros é Rivaldo, 38 anos, que deixou o
cargo de presidente e jogador do Mogi Mirim para ser o camisa 10 do São
Paulo. "Fiquei surpreso. É um grande jogador, um grande ídolo do futebol
brasileiro. Está com idade avançada, assim como o Roberto Carlos e
Ronaldo", constatou Mano.
"Única preocupação que se tem em relação a isso é que se esses jogadores
ainda estão ocupando as posições dos principais times do país é porque
estamos deixando a desejar na reposição desses jogadores", lamentou.
Para a próxima partida da seleção, contra a França, em 9 de janeiro, no
Stade de France, Mano convocou os meias Renato Augusto (Bayer Leverkusen)
e Jadson (Shaktar Donetsk) pela primeira vez. Ele admite que a falta de
armadores preocupa, mas não vê o setor de criação como um problema
gravíssimo.
"Tivemos a lesão do Ganso, Kaká vem se recuperando, o Ronaldinho também
e precisamos continuar buscando alternativas. São jogadores com
características diferentes", explicou. |