A queda precoce na
Libertadores, na última quarta, pode causar duras consequências no
casamento entre Ronaldo e Corinthians.
Neste momento, questiona-se a motivação do Fenômeno para continuar
jogando no último ano da carreira, sem o seu principal objetivo.
Há tempos, o jogador reclama de fortes dores no corpo, não consegue
reduzir o peso e aumenta a cada dia o repúdio à concentrações.
Corinthians foge de imprensa e torcida no desembarque
Um de seus melhores amigos no elenco, o zagueiro Paulo André afirmou não
saber se ele pretende se aposentar apenas no fim do ano.
– Ninguém esperava essa eliminação, principalmente ele. No primeiro dia
de treino da temporada, encontrei-o no CT e perguntei: "E aí, qual o
objetivo do último ano?". Ele respondeu: "É a Libertadores!". Ele
queria encerrar a carreira por cima, com a conquista desse título. Como
não aconteceu, não sei. Ele deve avaliar nos
próximos dias o que vai fazer – revelou o zagueiro, ao LANCENET!.
Até o fim do ano, momento planejado para se aposentar, ele só terá o
Paulistão, que já conquistou pelo Corinthians, e o Brasileirão que, em
sua avaliação, ele pouco disputará.
Após a derrota por 2 a 0 para o Tolima (COL), na Colômbia, Ronaldo
percebeu que já não decide mais como fez em 2009 e em alguns jogos do
ano passado. Por isso, tem dúvida se vale a pena insistir pelo poder de
superação, mostrado ao longo da carreira, ou se dá lugar a outro na
equipe. Com Liedson contratado, essa ideia pode ser antecipada.
Pressão de permanência no clube aumenta
Ronaldo já deixou de ser unanimidade no Corinthians. E faz tempo. Após a
eliminação, as críticas aumentaram. Na madrugada de quarta, torcedores
picharam muros da sede do clube, no Parque São Jorge, pedindo a sua
saída.
Duas coisas incomodam os conselheiros mais próximos do presidente Andrés
Sanchez: as brincadeiras do jogador no Twitter, durante as concentrações
e que soam como desinteresse, e sua condição física longe do apresentado
em 2009. Na visão deles, Ronaldo aumenta a cobrança do departamento
médico e até atrapalha o treinador, que tem "obrigação" de escalá-lo. |